Espero que tenham gostado das postagens anteriores. Minha sugestão no momento é The Cure, umas das melhores e mais influentes bandas de todos os tempos. Composta por Robert Smith (vocal,teclado,letrista e guitarra), Porl Thompson(guitarra e teclado), Simon Gallup (baixo e teclado) e Jason Cooper (bateria e percussão). Mas essa não é a formação original, na verdade, The Cure nunca foi um grupo estável,o único membro que segue com a banda desde o começo, ininterruptamente é Robert Smith. A banda possui 13 álbuns de estúdio, alguns figuram entre os melhores de todos os tempos, como por exemplo "Desintegration". Por se tratar de uma discografia longa, irei dividir The Cure em duas partes: a primeira pré "Desintegration" e a outra a partir deste memorável álbum.
A Banda:
Discografia - Parte I ( Pré "Desintegration"):
- "Three Imaginary Boys" - (1979)
- "10:15 Saturday Night"
- "Accuracy"
- "Grinding Halt"
- "Another Day"
- "Object"
- "Subway Song"
- "Foxy Lady" (Jimi Hendrix)
- "Meathook"
- "So What"
- "Fire in Cairo"
- "It's Not You"
- "Three Imaginary Boys"
- "The Weedy Burton"
Comentário: É o álbum de estréia do The Cure. O disco reflete a fase imatura da banda, onde ainda era clara a influência do punk-rock. As músicas são muito objetivas, rápidas, simples. O The Cure era em 1979, ano de lançamento de "Three Imaginary Boys": Robert Smith na guitarra e no vocal, Laurence Tolhurst na bateria e Michael Dempsey no baixo. Uma curiosidade sobre a capa deste álbum é que ela não possui nenhuma referência aos músicos, mas sim às faixas, cada elemento da capa é referente à uma faixa. Apesar de ser um The Cure imaturo, é ainda sim um álbum muito bom, com destaque para "Obeject", "10:15 Saturday Night", "Griding Halt" e "Fire In Cairo".
OBS: "Three Imaginary Boys" foi lançado nos Estados Unidos com uma pequena diferença na lista de músicas, segue abaixo a versão norte americana que foi lançada sob o nome de "Boys Don't Cry":
- "Boys Don't Cry" - (1980)
- "Boys Don't Cry" – 2:35
- "Plastic Passion" – 2:14
- "10:15 Saturday Night" – 3:38
- "Accuracy" – 2:16
- "So What?" – 2:35
- "Jumping Someone Else's Train" – 2:56
- "Subway Song" – 1:55
- "Killing An Arab" – 2:22
- "Fire in Cairo" – 3:21
- "Another Day" – 3:43
- "Grinding Halt" – 2:49
- "Three Imaginary Boys" – 3:14
Comentário: A crítica para a versão norte americana é a mesma para a versão original, mas as músicas em destaque mudam para "Boys Don't Cry", um dos maiores singles da banda, "Plastic Passion", "Jumping Someone Else's Train" e "Killing An Arab".
OBS: Porl Thompson não possui participações nesse álbum.
- "Seventeen Seconds" - (1980):
- "A Reflection"
- "Play for Today"
- "Secrets"
- "In Your House"
- "Three"
- "The Final Sound"
- "A Forest"
- "M"
- "At Night"
- "Seventeen Seconds"
Comentário: Em "Seventeen Seconds" o grupo começa a amadurecer e a adotar a sua postura e estilo que irão marca-lo para sempre. As letras começam a ficar mais sombrias, as músicas começam a ficar mais lentas e mais longas. A distancia entre esse álbum e seu antecessor chama a atenção do ouvinte, pois migra-se de uma banda de punk para uma banda que começa a explorar o gótico, exeperiência que a banda ia adquirindo ao se relacionar com Siouxsie And The Banshees, uma das maiores bandas de gótico da história.Muitos consideram que "Seventeen Seconds" é o primeiro álbum de uma trilogia dark do The Cure que se encerrará em "Pornography". O The Cure costumava abrir os shows de Siouxsie And The Banshees, por um tempo Robert Smith se juntou aos The Banshees e era comum nem sair do palco. O álbum só possui oficialmente um single, " A Forest", mas vale a pena ouvir também "A Reflection" e "M". Porl Thompson e Michael Dempsey não faziam mais parte do The Cure e foram substituídos por Matthieu Halley que assumiu os teclados e por Simon Gallup que passou a tocar baixo.
- "Faith" - (1981):
- "The Holy Hour"
- "Primary"
- "Other Voices"
- "All Cats Are Grey"
- "The Funeral Party"
- "Doubt"
- "The Drowning Man"
- "Faith"
- Robert Smith : vocais, guitarra, teclados e baixo
- Simon Gallup: baixo
- Lol Tolhurst : bateria
- "Pornography" - (1982):
- "One Hundred Years"
- "A Short Term Effect"
- "The Hanging Garden"
- "Siamese Twins"
- "The Figurehead"
- "A Strange Day"
- "Cold"
- "Pornography"
Créditos do álbum:
- Robert Smith - guitarra, teclado, vocais e cello
- Simon Gallup - baixo e teclado
-"The Top" - (1984):
- "Shake Dog Shake"
- "Bird Mad Girl"
- "Wailing Wall"
- "Give Me It"
- "Dressing Up"
- "The Caterpillar"
- "Piggy In The Mirror"
- "The Empty World"
- "Bananafishbones"
- "The Top"
Comentário: "The Top" veio na sequencia de "Pornography" e com ele mudanças na banda. Simon Gallup deixou a banda devido à brigas internas e com isso a sonoridade do grupo mudou radicalmente, o gótico saia de cena para que um som mais psicodélico e experimental. O álbum foi um marco de transição entre a fase gótica e a seguinte, marcada por vários hits de enorme sucesso mundial. As letras ainda seguem uma temática depressiva, com morte, noite, em geral, pesada. Mas por outro lado, o som se mostrava bem diferente, mais complexo, com muitos agudos, alguns ensaios do que a banda viria a produzir futuramente como, por exemplo, "Dressing Up" que já contém um som bem mais trabalhado do que as demais do álbum. O único single deste álbum é a música "The Caterpillar" que trata do amor por uma menina que ainda está para se transformar numa linda mulher. O som desta música também se aproxima da nova sonoridade da banda, talvez sendo um exemplo ainda melhor do que "Dressing Up". Em geral o álbum não foi de grande sucesso comercial, mas tem importância por ser um divisor de águas na banda. O grupo na época era composto por Robert Smith, Andy Anderson, Lol Tolhurst e Porl Thompson. Apesar de serem quatro músicos, a maioria dos instrumentos, além da composição, foram gravados por Robert Smith, com exceção da bateria. Pode-se afirmar que "The Top" é praticamente um álbum solo de Smith.
-"The Head On The Door" - (1985):
- "In Between Days"
- "Kyoto Song"
- "The Blood"
- "Six Different Ways"
- "Push"
- "The Baby Screams"
- "Close To Me"
- "A Night Like This"
- "Screw"
- "Sinking"
Comentário: Esse álbum abre a nova fase do The Cure, e abre com estilo. "In Between Days" é um dos maiores hits da banda e até hoje é tocado em rádios e festas. O álbum também marca o retorno de Simon Gallup à banda e a entrada de Boris Williams como baterista da banda. O álbum mescla músicas animadas com músicas mais densas, mostrando uma grande variação de humor em Robert Smith, uma marca registrada do The Cure. Ao contrário de seu antecessor, "The Head On The Door" consegue ter uma boa venda além de uma boa crítica. É visível a influência do Japão neste álbum, e já anteriormente numa compilação intitulada "Japanese Whispers". Apesar de oficialmente o álbum ter apenas dois singles, "In Between Days" e "Close To Me", o disco ainda conta com grandes músicas como "Push", "A Night Like This", Six Different Ways". Com o retorno de Gallup e a entrada de Boris Williams, o The Cure iria viver seus anos dourados, tendo ainda Robert Smith, Porl Thompson (agora um membro oficial) e Lol Tolhurst.Realmente "The Head On The Door" é uma obra de arte, quem o tiver em casa, guarde com extremo cuidado.
-"Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me" - (1987):
- "The Kiss"
- "Catch"
- "Torture"
- "If Only Tonight We Could Sleep"
- "Why Can't I Be You?"
- "How Beautiful You Are..."
- "Snakepit"
- "Hey You!"
- "Just Like Heaven"
- "All I Want"
- "Hot Hot Hot!!!"
- "One More Time"
- "Like Cockatoos"
- "Icing Sugar"
- "The Perfect Girl"
- "A Thousand Hours"
- "Shiver And Shake"
- "Fight"
Comentário: Eita, que álbum longo se pensa ao ver o tamanho da playlist. Sim, o álbum é enorme, 74 minutos e 35 segundos, estourando o limite de 74:33 de tempo de leitura. Originalmente, "Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me" foi concebido para ser um álbum duplo. O álbum foi uma aposta ousada de Robert Smith em mesclar músicas muito diferentes em um único disco. De um lado temos "Catch", "Why Can't I Be You?", Just Like Heaven" e do outro "The Kiss", "Torture", "Shiver And Shake". Simon Gallup o descreve como uma mescla de "Pornography" com "The Head On The Door", os dois melhores álbuns da banda até a época. A música mais conhecida deste álbum é "Just Like Heaven", inegavelmente um sucesso até hoje, assim como "In Between Days" de "The Head On The Door". Além desse single, "Catch", "Why Can't I Be You?" e "Hot Hot Hot!!!" também tiveram o status de single. O The Cure manteve suas bases e não houve mudança na formação, mas este foi o último álbum de Porl Thompson como tecladista da banda e seria o último álbum de Lol Tolhurst com o The Cure.
Aqui termina a primeira parte desta grande banda, uma das mais importantes e influentes de todos os tempos. A segunda parte começará com o melhor álbum do grupo, "Desintegration".









