sábado, 6 de agosto de 2011

The Smiths

Olá caro membro. Para manter o nível de boa música, vou trazer agora uma banda que já encerrou suas atividades - infelizmente - há mais de 20 anos. Com vocês : The Smiths.

A Banda:


Formada em Manchester, Inglaterra, em 1982. Seus membros eram Morrissey nos vocais, Johnny Marr na guitarra, Andy Rourke nos baixo e Mike Joyce na bateria. Após alguns show sob o nome de Morrissey, Johnny e ele decidiram chamar Joyce para assumir a bateria, nesse período Rourke ainda não participava da banda, uma vez que o baixista era Dale Hilbbert. Após alguns ensaios e shows, Hilbbert foi substituído por Rourke sob a justificativa que não se encaixa no perfil da banda. Foi uma banda revolucionária, mudando completamente o cenário musical alternativo. Muitas bandas se inspiram até hoje nos Smiths. Uma curiosidade sobre o nome da banda: Era comum na época as bandas terem nomes complexos, longos, pomposos. Eis que surge Morrissey com a ideia de por o nome de Smiths na banda, contrariando completamente a moda, já que Smith é o sobrenome mais comum da Inglaterra.


Discografia:

- "The Smiths" - (1984):

  1. "Reel Around the Fountain"
  2. "You've Got Everything Now"
  3. "Miserable Lie"
  4. "Pretty Girls Make Graves"
  5. "The Hand That Rocks The Cradle"
  6. "This Charming Man"
  7. "Hand In Glove"
  8. "What Diferrence Does It Make?"
  9. "I Don't Owe You Anything"
  10. "Suffer Little Children"
Comentário: Com uma sonoridade inovadora que ia de encontro com tudo que existia nos anos 80. Assim The Smiths estrearam. O som deste álbum ia de encontro com o pop dos anos 80. A voz de Morrisey é naturalmente depressiva, talvez sendo esse um dos motivos da banda fazer tanto sucesso entre o crescente público alternativo dos anos 2000. The Smiths de 1984 é um dos melhores álbuns de todos os tempos, com singles fortes como "What Difference Does It Make?" e "Hand In Glove". Merece ser ouvido com calma.

- "Meat Is Murder" - (1985):
  1. "The Headmaster Ritual"
  2. Rusholme Ruffians"
  3. "I Want The One I Can't Have"
  4. "What She Said"
  5. "That Joke Isn't Funny Anymore"
  6. "Nowhere Fast"
  7. "Well I Wonder"
  8. "Barbarism Begins At Home"
  9. "Meat Is Murder"
*"How Soon Is Now?" foi posta como a sexta música na versão norte-americana do álbum.
Comentário: Após algumas decepções que vieram depois de "The Smiths", Morrissey e Marr se juntaram e produziram este novo álbum. Neste momento, Thatcher chega a metade de seu mandato como Primeira Ministra da Inglaterra e a insatisfação popular chega a níveis altos demais. Morrissey, como muitos, também estava preocupado com o futuro. O álbum possui um forte caráter político, incluindo críticas ao governo de Thatcher e também mostra o apoio do vocalista ao movimento Vegan, como já mostra o próprio título.Morrissey adotou o vegetarianismo como seu modo de alimentação - e o mantém até os dias de hoje - e chegou a proibir os demais membros da banda de serem vistos comendo carne. A capa do álbum foi retirada de um documentário chamado "In The Year Of The Pig" que trata da Guerra do Vietnam. Quanto ao som, as músicas se tornaram mais agudas, mais intensas, mostrando a força que o momento vivido teve sobre os autores."Meat Is Murder" é o álbum mais impactante dos Smiths, com uma sonoridade bem mais agressiva do que nos demais álbuns, visível isso em, por exemplo, "How Soon Is Now" e a sonoridade mais sombria de "Meat Is Murder".

-"The Queen Is Dead" - (1986):
  1. "The Queen Is Dead"
  2. "Frankly, Mr. Shankly"
  3. "I Know It's Over"
  4. "Never Had No One Ever"
  5. "Cemetery Gates"
  6. "Bigmouth Strikes Again"
  7. "The Boy With The Torn In His Side"
  8. "Vicar In A Tutu"
  9. "There Is A Light That Never Goes Out"
  10. "Some Girls Are Bigger Than Others"
Comentário: O melhor álbum do Smiths. "Meat Is Murder" pode ser o mais impactante, mas "The Queen Is Dead" é the longe o mais bem trabalhado, com as letras mais tocantes e arranjos mais legais. Morrissey afirma que "The Boy With The Torn In His Side" é sua música preferida entre todas as que compôs com a banda. Boa parte das letras foram escritas por Morrisey, enquanto os arranjos ficaram a cargo de Johnny Marr. O álbum trata de vários assuntos como realeza, fama, fofoca, morte, amor etc. É um álbum mais do que completo repleto de letras muito bem escritas por Morrissey, contendo ironias e dramas. "I Know It's Over" é a primeira grande música do álbum, sendo seguida por "Never Had No One Ever" que acaba completando perfeitamente a atmosfera de tristeza criada por "I Know It's Over". Então eis que vem "Bigmouth Strikes Again", uma música que já é estranha desde a primeira estrofe. Adicionando o efeito da voz que parece ter inalado hélio: perfeito. Apesar de ter uma letra meio "creep" e uma sonoridade um tanto quanto estranha, "Bigmouth Strikes Again" é uma das mais famosas músicas da banda. Agora, a preferida de Morrissey, "The Boy With The Torn In His Side", com uma letra bastante simples e acordes simples, essa música consegue ser o carro chefe da banda, creio que seja a música mais famosa de todas. Mais a frente, a penúltima música deste álbum maravilhoso: "There Is A Light That Never Goes Out", em minha opinião, uma das músicas mais bonitas já escritas e sem dúvida a melhor da banda, conseguindo mostrar toda a melancolia de um amante em depressão. O álbum é fechado com uma música um tanto quanto diferente, mas não para o padrão da banda, sugerindo a preocupação no tamanho avantajado que algumas garotas têm em relação à outras.

- "Strangeways, Here We Come" - (1987):

  1. "A Rush And A Push And The Land Is Ours"
  2. "I Started Somethind I Couldn't Finish"
  3. "Death Of A Disco Dancer"
  4. "Girlfriend In A Coma"
  5. "Stop Me If You Think You've Heard This One"
  6. "Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me"
  7. "Unhappy Birthday"
  8. "Paint A Vulgar Picture"
  9. "Death At One's Elbow"
  10. "I Won't Share You"
Comentário: Criado desde o começo para ser o último álbum desta grande banda, "Strangeways, Here We Come" se mostrou como era esperado, uma transição. O álbum conta com novos arranjos, novas visões e tipos de composição. Mas uma coisa que continua é a voz triste de Morrissey e as letras com um toque de depressão. Os hits deste álbum são "Girlfriend In A Coma", que mostra ainda o toque meio insano que Morrissey carrega com si, mas que nos faz pensar. "I Started Something That I Couldn't Finish" é outro hit que nos faz pensar bem com várias coisas, principalmente em relacionamentos. "Stop Me If You Think You've Heard This One Before".Para fechar os singles deste álbum, "Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me" encerra de grande maneira a temática de relacionamentos, e ao mesmo tempo os sucessos da banda. Uma boa idéia da banda foi colocar as músicas principais no meio do disco, nem muito no começo nem no final, o que dá uma boa equilibrada e nos motiva a ouvi-lo por inteiro e não somente essas faixas.

- Sugestão de playlist:
  1. "William, It Was Really Nothing"
  2. "This Charming Man"
  3. "Panic"
  4. "Shoplifters Of The World Unite"
  5. "Ask"
  6. "The Boy With The Torn In His Side"
  7. "Bigmouth Strikes Again"
  8. "There Is A Light That Never Goes Out"
  9. "Heaven Knows I'm Miserable Now"
  10. "Stop Me If You Think You've Heard This One Before"
  11. "How Soon Is Now"
  12. "What Difference Does It Make?"
Um pequeno obs, você deve estar se perguntando de onde sairam músicas como "Panic", "Ask", "This Charming Man" e várias outras desta playlist. Bom, acontece que esses singles, por melhores que foram não entraram em nenhum álbum da banda. Por isso não os comentei anteriormente.

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